Até 2011
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
FÉRIAS . . .
Até 2011
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Te olho nos olhos
domingo, 5 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Descubra o Novo . . .
terça-feira, 30 de novembro de 2010
A Mulher Foi Feita Da Costela Do Homem
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Mentiras ...
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Pense bem ...
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Fragmentando . . .
Pensando muito sobre um assunto recorrente cheguei à conclusão que não agüento mais as pessoas repetirem a mesma ladainha quando pergunto as novidades: “Ah, na mesma de sempre! Na correria! Trabalhando muito” ... Pára gente !!!
Se for assim, como explicar os barzinhos lotados de segunda a segunda, os shoppings apinhados de gente durante todo o ano e a fila quilométrica no cinema em dia de pré estréia de algum filme ansiosamente aguardado?
Hoje em dia virou lugar comum todo mundo reclamar que só trabalha, que não tem tempo de viver. Na verdade o que acontece hoje em dia é uma grande inversão de valores. As coisas simples não existem mais e aquelas que mereceriam ser valorizadas, na verdade se tornaram raras. E muitas coisas até algum tempo inalcançáveis, por sua vez, perderam também a graça pela sua facilidade.
Tudo devido à urgência, à pressa, à transição, à rotação acelerada da terra. Esses encontros que vemos nos barzinhos são muito importantes para nossa vida social, para treinarmos nossa capacidade de socialização, para descontrair, para esquecer os problemas contando as piadas mais sem graça, para desabafar e falar mal do colega pentelho do escritório, para deixar a vida acontecer de forma natural.
Os passeios nos shoppings se tornaram tediosos porque estes se tornaram acessíveis demais. Lembro-me que há muitos anos eu só ia ao shopping uma vez ou outra, hoje em dia bastou uma oportunidade e estou lá sentado almoçando ou olhando vitrines. Cinema era considerado uma das maravilhas do mundo, onde vivíamos quase que literalmente as aflições e glórias dos mocinhos, e enquanto estivéssemos ali nos permitíamos sonhar e não pensar em mais nada. Agora virou uma disputa para saber quem assistiu a tal filme primeiro.
Infelizmente tudo ficou muito comercial, tangível, material. Vivemos cercados por Ipad´s, ipod´s, iphone´s ... ai de mim que sou romântico ... Parece que se não possuirmos E-mail, Orkut, MSN, Twitter ou todos eles juntos corremos o risco de ficarmos desconectados do mundo. Pois é! Coitadinho do meu bom e velho aparelho de celular - que nem é tão velho assim - mas já se tornou obsoleto.
Fico impressionado com a quantidade absurda de carros circulando nessa cidade, que acaba ficando pequena demais para tanto; dificilmente há apenas um exemplar para uma família de três ou quatro pessoas, e são sempre modelos novos trocados a cada ano. Sem citar que essas mesmas famílias viajam todas as férias para algum lugar luxuoso e paradisíaco.
O que mais as pessoas querem ?
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Árvore de Amigos
Mas há muitos tipos de amigos. Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles. O primeiro que nasce do broto é o amigo Pai e a amiga Mãe. Mostram o que é ter vida!
Depois vem o amigo Irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e desejamos o bem.
Mas a vida apresenta-nos outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho. Muitos desses denominados Amigos do Peito, do Coração. São sinceros, são verdadeiros e sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz felizes ...
Às vezes, um desses amigos do peito estala o nosso coração e então é chamado de amigo namorado/a. Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, chão aos nossos pés.
Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez de umas férias ou mesmo um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos em nossa face, durante o tempo que estamos por perto.
Falando em perto, não podemos esquecer dos amigos distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos ramos da árvore, mas que, quando o vento sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra.
Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.
Felicidades meus Amigos.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Mudanças ...
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Conta Corrente
Imagine que você tenha uma conta corrente e a cada manhã acorde com um saldo de R$ 86.400,00. Só que não é permitido transferir o saldo para o dia seguinte.
Todas as noites o seu saldo é zerado, mesmo que você não tenha conseguido gastá-lo durante o dia. O que você faz? Você iria gastar cada centavo é claro!
Todos nós somos clientes deste banco que estamos falando. Chama-se "TEMPO". Todas as manhãs são creditadas para cada um 86.400 segundos. Todas as noites o saldo é debitado como perda.
Não é permitido acumular este saldo para o dia seguinte. Todas as manhãs a sua conta é reinicializada, e todas as noites as sobras do dia se evaporam. Não há volta.
Você precisa gastar vivendo no presente o seu depósito diário. Invista então no que for melhor, na sua saúde, felicidade, sucesso!
O relógio esta correndo. Faça o melhor para o seu dia-a-dia.
- Para você perceber o valor de "um ano", pergunte a um estudante que repetiu o ano.
- Para você perceber o valor de "um mês", pergunte para uma mãe que teve seu bebê prematuramente.
- Para você perceber o valor de "uma semana", pergunte a um editor de um jornal semanal.
- Para você perceber o valor de "uma hora", pergunte aos amantes que estão esperando para se encontrar.
- Para você perceber o valor de "um minuto", pergunte a uma pessoa que perdeu um trem.
- Para você perceber o valor de "um segundo", pergunte a uma pessoa que conseguiu evitar um acidente.
- Para você perceber o valor de "um milésimo de segundo", pergunte a alguém que venceu a medalha de prata em uma olimpíada.
Valorize cada momento que você tem! E valorize mais porque você deve dividir com alguém especial, especial o suficiente para gastar o seu tempo junto com você.
Lembre-se, o tempo não espera por ninguém!
Ontem é história. O amanhã é um mistério. Hoje é uma dádiva. Por isso é chamado de PRESENTE
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Você é responsável por aquilo que cativa?
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Você Realmente Já Amou Uma Mulher?
Você precisa conhecê-la profundamente por dentro
Ouvir cada pensamento, ver cada sonho
E dar-lhe asas quando ela quiser voar
Então, quando você se achar repousando
Desamparado nos braços dela
Você saberá que realmente ama uma mulher...
Quando você ama uma mulher
Você lhe diz que ela, realmente, é desejada
Você lhe diz que ela é a única
Pois ela precisa de alguém
Para dizer-lhe que vai durar para sempre.
Então diga-me: você realmente já amou uma mulher?
Para realmente amar uma mulher, deixe-a segurar você
Até que você saiba como ela precisa ser tocada
Você precisa respirá-la, realmente saboreá-la
Até que você possa sentí-la em seu sangue
E quando você puder ver seus filhos que ainda não nasceram, dentro dos olhos dela ...
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Tomadas? Nem Pensar!
É nessa fase da vida que se descobrem coisas como: as amizades, as paixões, o primeiro amor, o primeiro beijo, o primeiro fora e até mesmo aquele mico terrível e todas as outras coisas. Afinal, tudo vem incluso no pacote!
É nessa idade também que, com uma razoável percepção, começamos a entender as coisas da vida. Mas como adolescentes sempre acreditamos saber o que fazer e não queremos conselhos de ninguém. Na maioria das vezes, aprendemos mesmo quando quebramos a cara!
E vamos percebendo que aquela amizade não era sincera e nem correspondida, que aquele amor louco não era nada a mais que uma paixão boba de adolescente, que o primeiro beijo não foi nada de mais e que aquele escorregão que você levou quando estava dançando vai ser lembrado para o resto da vida pelos seus amigos.
Aprende muito, e como eu sempre digo depois que você aprende que a tomada dá choque, vai ser muito difícil pôr sua mão de novo lá.
Mas depois que você passa por essa fase, pronto! Agora você fica mais esperto, sabe o que acontece como efeito das suas ações e sabe suas reações.
Tomadas? Nem pensar!
Pois é, penso muito nisso! E hoje, como um adulto, acredito que aprendi bem a lei da tomada, aprendi até demais. Não caio mais em qualquer conversa, não preciso gostar necessariamente de qualquer um e nem todos me fazem rir.
Isso se chama experiência. Pena que não nascemos com ela, mas é muito bom ter o poder de exercê-la. Mas, quantos choques foram precisos tomar! Minha conclusão é:
Podemos trocar fiações mal instaladas, mas traumas, memórias e pensamentos podem chocar-nos eternamente.
Portanto, muito cuidado com as tomadas que encontra pelo caminho.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
Dona Célia e os Cuñapes
Dona Célia era uma senhora baixinha que usava um cabelo no estilo chanel que já apresentava muitos fios brancos. Lembrava uma boliviana, talvez fosse. O que sei é que ela sempre visitava minha avó e trazia consigo uns pães de queijo enormes e achatados que só de lembrar, dá água na boca. Pesquisando no Google, descobri que se chamam Cuñapes e são bolivianos mesmo!
Havia dias em que a esperava rente ao muro da casa onde vivia minha avó, já mal acostumado com o quitute. Quando Dona Célia apontava na ladeira eu corria para me esconder, enquanto minha avó fazia algum serviço da casa. Até hoje não sei por que fazia isso, mas enfim ...
Ao chegar ao portão, logo gritava: - “Dona Tuuuuuuuta?” Tuta era o apelido de minha avó que se chamava Débora. Minha avó ao ouvir o chamado, respondia: - “Já vai Dona Célia!” e na sequência pedia para que eu abrisse o portão para ela.
Quando me via, perguntava: “Tudo bom, menino? Adivinha o que eu trouxe para você?” – “Pão de Queijo, oba!” – Todo feliz eu falava. Ela sorria, passava a mão em minha cabeça, entrava, cumprimentava minha avó, pois eram grandes amigas, depois ambas começavam a conversar. Falavam das vizinhas, da vida, dos filhos, enfim ... de tudo!
Gostava demais dela, era animada. Até que um dia ela não apareceu e na outra semana também não, até que numa visita de minha mãe escutei minha avó comentar que Dona Célia havia falecido e minha avó pedia para que minha mãe falasse para mim, pois ela não havia tido coragem para isso. Saí de onde estava com lágrimas nos olhos e elas entenderam, fui abraçado por ambas e a partir daí entendi o significado da palavra morte. Devia ter uns cinco ou seis anos na época, mas lembro como se fosse hoje.
Com o passar dos anos, passei em frente a casa onde ela morava e tentei imaginar como ela podia morar naquela casa enorme sozinha, sendo que tinha filhos. No final soube que era uma pessoa solitária, ou seja, os filhos haviam se casado e pouco viam a mãe, de vez em nunca traziam os netos para vê-la. Provavelmente morreu sozinha em algum cantinho daquela casa. Achei muito injusto, além de triste.
Aprendi com este fato a estar sempre que possível junto das pessoas que amo, tanto que quando minha avó faleceu, eu estava lá. Pena não termos o poder de mudar as coisas, de prolongar a vida, ou amenizar e acabar com os sofrimentos e a morte. Mas ainda bem que temos um Deus interessado em nosso bem estar e alegria, que promete que coisas assim terão um fim.
Apocalipse / Revelação 21:1-4 – João 5:28,29 – João 11:25 – Isaías 55:11
domingo, 18 de julho de 2010
Flor & Amizade
Essa flor, com o passar do tempo, poderá permanecer bela, com vigor, exalando o perfume característico de sua espécie, se tudo o que ela precisar continuar ao seu redor, ao seu alcance.
Quando vem a tempestade, ela irá lutar com as suas forças para continuar a sobreviver, pode até perder alguma pétala, mas ela é forte para seguir adiante até se recuperar, pois apesar de frágil, a vida, o instinto de sobrevivência fala mais alto e após essa experiência ela torna-se até mais mais forte do que antes.
Na nossa vida dá-se o mesmo, nascemos, crescemos e passamos por diversas situações que às vezes não sabemos o porquê nem a razão do que nos acontece, mas sabemos que depois elas nos tornarão mais fortes para outros momentos adversos que voltarem a surgir em nosso caminho.
A amizade é um bem precioso que surge na vida das pessoas quando menos se espera, tornando a nossa vida mais feliz.
Compartilhamos muitos momentos com os amigos, com alguns mais do que com outros, por afinidade, por confiança ou por força de circunstâncias.
Da mesma forma que a flor, a amizade precisa de cuidados para continuar com a mesma força e intensidade, mas a distância, as adversidades, o corre-corre do dia-a-dia, o tempo, faz com que a amizade sofra certa perda, o que não significa que ela enfraqueça, apenas se modifique.
Mas, com certeza, se ela for verdadeira e sincera, ela terá da mesma maneira que a flor, forças para se manter, e muitas vezes será até mais sólida porque nasce a saudade, um ingrediente a mais que vem para completar.
Sandra Quevedo Demarchi Nogueira
domingo, 27 de junho de 2010
Rotina
Já em pé, vai até o banheiro, esvazia sua bexiga e corre para o banho, lá mesmo no Box escova seus dentes apressadamente. Desliga o chuveiro, enxuga-se e se veste, às vezes toma um copo de café com leite que a esposa trás para ele. Olha pela janela da sala para verificar se precisa usar uma blusa de frio, pega a mochila, liga seu MP3, beija sua esposa e desce às escadas de seu prédio com sua filha sonolenta, pois a deixa no colégio antes de ir pra o trabalho.
Depois de uma caminhada aproximada de sete minutos ele sobe a rua e se dirige até o ponto de ônibus. Este passa, ele acena e sobe. Procura rapidamente um lugar, qualquer um e quando encontra ou se encontra, se ajeita confortavelmente. Algumas vezes ele lê um trecho de algum livro, noutras ele fica quieto e escuta suas músicas favoritas, viaja em seus pensamentos e lembranças nesta pequena viajem que dura cerca de 15 minutos.
Chega na parada exata dá sinal e desce. Enquanto anda continua ouvindo suas músicas e pensando, observando as pessoas com suas próprias correrias e obrigações em sua volta. Sobe outra rua, logo depois a desce, mais 2 minutos, vira uma rua e chega ao trabalho. O mesmo lugar, as mesmas pessoas, as mesmas atividades!
Diz bom dia a todos!
Liga seu computador jurássico com que trabalha, isso quando ele liga na primeira vez, ah, ele já cansou de pedir um melhor, mas enfim ...
Comenta com seu companheiro de sala os assuntos relacionados ao fim de semana. Passa o dia esperando um e-mail, um sms ou mesmo uma ligação que lhe trará um sorriso satisfatório.
Um liga pedindo isto, outro liga pedindo aquilo. Ele vai e volta várias vezes, revê e-mails, liga para fornecedores que insistem em não mandar seus boletos de cobrança. Vai ao banheiro poucas vezes ... deveria ir mais. Toma um cafézinho. Às 12:00 sai para o almoço. Come no mesmo restaurante, paga e sai. Se tiver sol, leva seu livro e o lê na pracinha até dar o horário. Chega novamente e volta a sua rotina após fazer sua higiene dental.
Conta impacientemente às horas até que chega o número tão desejado: 18:00 horas! Sai apressadamente, sobe e desce a mesma rua que passou pela manhã, atravessa desta vez uma passarela até chegar ao ponto de ônibus. Dependendo do dia ou do desespero, espera o ônibus mais vazio e o pega. A essa altura não está mais agüentando de saudades de seu porto seguro: sua família. Chega pesado em casa, mas aos poucos vai sentindo a leveza de estar entre os a quem ama. Logo está rindo, conversando, brincando com suas filhas.
Jantam, conversam, assistem TV. Ele faz novamente sua higiene dental enquanto toma o banho do descanso e segue para a sala. Despede-se de suas filhas que vão para seus soninhos merecidos.
Liga o PC e acessa a Internet. Confere blogs, responde os e-mails recebidos, pesquisa isto ou aquilo, conversa às vezes pelo MSN, fala, ri, comenta, ouve música, ah ele ama música boa.
Desliga o Computador, deita-se e abraça sua esposa. Conversa com Deus, e pensa em tudo o que aconteceu, mas principalmente no que não aconteceu - a mudança.
Sim, ela não veio ainda, nem a ligação, nem o e-mail sonhado. Mas ele tem fé e acredita. Mesmo que a Terça-Feira traga tudo de volta, da mesma maneira. Afinal, toda rotina tem sua beleza, ele sabe disso.
É. Este sou eu!
terça-feira, 15 de junho de 2010
Thank You!
Está um friozinho intenso em Sampa. Moro no último andar de um prédio que fica num local alto aqui em Guarulhos e enquanto digito, minhas mãos vão congelando. Me perdoem os amantes do frio, mas é a estação do ano que mais detesto, amo o calor. brrrrrrr!
Não sei se já comentei, mas a foto que está àcima com o tema do blog, foi eu mesmo quem tirou da janela do meu cantinho, enquanto tínhamos ainda noites quentes.
domingo, 6 de junho de 2010
Traumas!
Dia desses, voltando de meu trabalho naquele cochila-acorda dentro do ônibus, observei uma cena já vivenciada por mim, num ponto de ônibus no sentido contrário de meu destino. Um casal discutia freneticamente, conseguia ouvir os berros do meu assento, quando ele de repente levantou a mão e bateu no rosto da mulher, ela rapidamente se refez e agarrou-lhe o pescoço com as unhas e a bagunça estava feita. Alguns gritavam revoltados com tamanha ignorância, outros incentivavam o espetáculo público, eu - de minha parte - angustiado!
O farol abriu e o ônibus continuou seu trajeto. Vi-me naquele garoto e tentei imaginar em como ele irá lidar com isso no futuro. Em como isso o afetará. Duas lágrimas venceram a razão e caíram de meus olhos.
Com pleno conhecimento de causa digo que viver sob um estado constante de violência não é algo fácil. O pior é não ter forças suficientes para impedi-la. Nas diversas vezes em que minha mãe era espancada por meu padastro, meu coração ficava minúsculo e eu me sentia a pessoa mais infeliz e incapaz no mundo. Fechava meus olhos e tentava me imaginar invisível! Os abusos mais graves que sofri naquela época foram os psicológicos! Crescemos eu e meus irmãos em meio à violência, bebidas e escândalos. A fatia que cada um recebeu nesta época pode ser observada ainda hoje, infelizmente em cada um.
Minha tristeza se devia ao fato de “ter” que viver com minha mãe, abandonar minha avó que sempre fora meu chão, além da revolta com meu pai biológico que nunca havia me procurado e eu sabia que ele morava próximo.
Mas aprendi ainda nessa época como uma garota chamada Pollyanna, o significado da palavra ressignificação, ou seja, ser capaz de aprender a observar que todas as circunstâncias na vida podem ser compreendidas, por passar a construir em minha mente uma nova forma de encarar o que me acontece, tentando descobrir ou mesmo encontrar um novo significado que me fortaleça e motive, substituindo as conseqüências negativas do significado anterior, que eram o desânimo e o desespero. A idéia não é simplificar situações complexas e sim encarar a complexidade de uma forma mais simples. É assimilar fatos incômodos com equilíbrio emocional e conseqüente ... serenidade. Não é fácil, mas muito necessário!
Bendita Eleanor H. Porter, sim, a escritora do livro que leva o nome Pollyanna. Além de minha avó, as lições de Pollyanna ajudam-me até hoje. O livro, para quem não leu, trata da história de uma menina de onze anos, filha de um missionário pobre, que após ficar órfã, vai morar em outra cidade com uma tia rica, rígida e severa chamada tia Polly, à qual não conhecia previamente.
Pollyanna ensina às pessoas de sua relação na nova comunidade o jogo do contente, que havia aprendido com seu pai no dia em que esperava ganhar uma boneca e recebeu um par de muletinhas. Imediatamente o pai de Pollyanna aplicou o jogo, dizendo a ela para ver somente o lado bom dos acontecimentos — nesse caso, ficar contente porque "não precisaria delas!". E depois desse dia, criou o jogo de procurar em tudo que há ou acontece, alguma coisa que a fazia contente, e ensinava o jogo sempre que encontrava alguém triste, aborrecido ou mal-humorado.
Depois desse livro percebi que podia viver sem tantas exigências comigo mesmo. Afinal, havia coisas que eu realmente não poderia mudar. Minha mãe havia feito a escolha dela e não a culpo, mas passamos por isso desnecessariamente. Jogar o contente é ótimo, mas nem sempre funciona, principalmente nesses dias frios em que parece que a angústia busca nos engolir. Mesmo assim, apesar de tudo, minha recusa em ficar triste e cabisbaixo é freqüente.
Mas, o que será daquele garotinho?
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Pra Você Guardei o Amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar
Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Amor Impossível
Afinal, quem quer ficar com um sapo se tem possibilidades de arrumar um príncipe? Mas, será que os príncipes ou princesas reais são de fato belos? Pode ser que sim, pode ser que não. Minha avó dizia que a beleza está nos olhos de quem vê. Mas quem vê um feio? Um ninguém?
Esta é a proposta do filme indiano ”Pyaar Impossible” (Amor Impossível em português), assisti e me fascinei com a estória. Além de ser uma comédia romântica, serve para fazermos uma análise de nós mesmos como pessoas e como encaramos os outros. Um filme que tem a intenção de nos fazer acreditar em nós mesmos e em nosso potencial - em suma - uma verdadeira auto-ajuda.
Pyaar Impossible fala sobre uma garota chamada Alisha (Priyanka Chopra) e um rapaz chamado Abhay (Uday Chopra), que estudam na mesma Universidade. Visto que Alisha é a beleza da faculdade, Abhay fica receoso de revelar seus sentimentos para a moça por se tratar de um rapaz muito sem graça. Até que um dia Abhay a salva de um afogamento, mas a moça desacordada não o vê. No dia seguinte, as circunstâncias impendem-no de rever Alisha que devido aos constantes problemas que tem trazido à seus pais, muda de cidade e faculdade.
Sete anos se passam. Será que Abhay esqueceu Alisha? Você já deve conhecer a resposta sem ao menos ver o filme. Abhay agora é um programador de software que inventa um programa revolucionário, mas é enganado por Varun (Dino Morea) que rouba seu programa e pretende vendê-lo para uma multinacional em Singapura, empresa esta que tem como relações públicas, nada mais, nada menos que ... Alisha.
Alisha, já divorciada é mãe de uma garota de seis anos: Tânia. Num emaranhado de confusões Abhay acaba sendo contratado por ela para ser babá de sua filha. E agora? Diante de seu amor por sete anos, conseguirá Abhay revelar-lhe seu mais grandioso segredo? Conseguirá reaver seu trabalho de anos que fora roubado ?
Se tiver oportunidade, assista e comente o que achou. É um filme inspirador e cativante, não leva o Oscar, mas garante momentos ótimos, ah ... e com um final surpreendente.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Experiência!
Enfim, desci do ônibus e me deparei com uma bonita cena: dois velhinhos sentados em um banco de praça. Estavam de mãos dadas. Atravessei a rua, motivado pela pressa de todas as manhãs, e, já do outro lado, olhei para trás.
A imagem ficou ainda melhor ...
O casal acariciava um cachorro, que estava passando por eles. Aquela cena ficou em minha cabeça. Entrei na empresa, fui ao banheiro e me olhei no espelho, quando comecei a me questionar:
-Como será que ficarei quando tiver meus setenta ou oitenta e poucos anos? Será que chegarei lá? Estarei bem?
Você, que lê agora, já chegou a pensar em como deve ser a terceira idade? Ainda mais com tantas pessoas que desrespeitam veementemente os de mais idade? O fato é que eu estava ali me observando e pensando. Tentei imaginar os problemas pelos quais aquele casal já havia passado a vida inteira, com suas alegrias, tristezas, vitórias e derrotas. E você deve concordar que, juntos ou separados - não importa - todos nós temos pequenas ou grandes infelicidades.
Mas, será que é preciso viver tanto tempo para começar a expressar doçura numa manhã de segunda-feira?
Por que é que é tão raro ver um casal de adolescentes sentados em um banco de praça, olhando o horizonte, de mãos dadas? Minha conclusão óbvia é que o tempo nos ensina mais do que ninguém... Afinal, o que são os nossos problemas? São chaves motivacionais e é preciso ter tato para perceber isso.
Eu, sempre tão analítico, gosto muito de observar os idosos, afinal vivi um bom tempo com uma pessoa muito especial: minha avó. E, para mim, salvo mínimas exceções, são as pessoas mais bonitas do mundo. Porque elas, geralmente, passam pela dureza da vida e com o tempo e tanto aprendizado, voltam a olhar o mundo com o mesmo olhar de uma criança. Não é incrível?
Isso me fez pensar que em todos os momentos, existem problemas e problemas, mas há também a esperança de melhora, sempre. E há, mais do que tudo na vida, pessoas que apesar de tudo o que já viveram, ainda tem a capacidade de amar e respeitar o próximo e é esse tipo de pessoa que eu quero ser.
Não sei como será minha velhice nem sei se chegarei a viver tanto. Mas vivo intensamente e acho que o que todo mundo precisa é de um banco numa praça, uma boa companhia, e uma manhã bonita, ainda que nublada. E a idade não importa, ela é só um detalhe! O legal nisso tudo é poder voltar a ver o mundo com olhos de uma criança a qualquer momento...
Hoje eu desejo a você, que lê este blog, um excelente dia, cheio de tarefas, com algumas preocupações e, com certeza, com muita coisa boa. Nossa tendência é ver primeiro os problemas, não é?
Mude o foco de sua vida de vez em quando, isso fará um bem danado.