quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Constatações ...

Mudei muito de uns dias pra cá.

Tirei algumas coisas que já estavam mofadas do lugar e dei espaço para coisas, pessoas e sentimentos novos. 

Não deixei de ser quem era. Meu caráter não mudou, meus objetivos também não. Mas meus planos agora incluem pessoas diferentes, sentimentos diferentes. 

Dei espaço dentro de mim, para quem realmente merece, deixei aqui dentro somente o que era preciso. 

Coloquei em primeiro plano quem se importa comigo, deixei pra lá aqueles meio-amigos.

Ficou agora somente o que é completo. Nada de pedaços, partes, “meios”. 

Mudei pra dar espaço a uma pessoa nova. Uma pessoa que derrama lágrimas apenas pelo que vale e ri do que não vale a pena.

Poliane Gonçalves

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Empatia ...

"A capacidade de se colocar no lugar do outro é uma das funções mais importantes da inteligência. 
Demonstra o grau de maturidade do ser humano."
Augusto Cury

Fala pessoal, belezinha?

Hoje resolvi falar um pouco sobre empatia, que nada mais é do que colocar-se no lugar de outra pessoa, algo que está cada vez mais complicado de se ver por aí, até porque todo mundo esquece que tem teto de vidro e cansa o braço de jogar pedra no telhado alheio, por essas e outras que vale uma reflexão.

Então vamos lá ...

Empatia é uma qualidade excelente na minha modesta opinião, pois nos ajuda a perceber que raios não caem somente sob nossa cabeça, ou seja, todos - sem exceção - vivenciamos ou passamos por problemas.

Usar de empatia, nos ajuda a perceber que muitas vezes, o outro tem problemas muito maiores que os nossos e que nós - conscientes ou não - valorizamos demais nossas pequenas agruras em detrimento da dos demais seres no mundo.

Afinal, é fácil olharmos para nosso umbigo e ao mesmo tempo apontar defeitos, criticar ou condenar outros quando estamos confortavelmente por fora da situação; quando enxergamos os problemas alheios com nossos próprios olhos.

Mas com algum esforço é possível enxergar com os olhos do outro a situação e até chegar a sentir o que ele sente. É claro que trata-se de um exercício contínuo. Precisamos usar um pouco de razão, reflexão, equilíbrio e controle. E então, por fim, chegamos a compreender o que aflige, inquieta ou tira a paz do outro.

Chegando a este ponto ... bingo! ... estamos começando a chegar no caminho certo!

Afinal caro leitor, todos desejamos que alguém se importe conosco, desejamos em algum momento da vida um pouco de colo, de carinho, de compreensão, desejamos um ombro pra chorar, um ouvido atento para nos escutar nas horas mais necessárias e talvez até ajuda prática para outras inúmeras situações.

O que me incomoda profundamente é que qualidades como o amor e a empatia, estão cada vez mais em falta no mercado das emoções humanas, mas além destas, acrescento também a chamada compaixão que tem o poder de impulsionar ou mover à ação as pessoas.

Mas para que isso ocorra é preciso buscar estas qualidades e exercê-las, para quem sabe, melhorar ao menos um pouquinho o mundo de alguém.

sábado, 22 de setembro de 2012

Eu sem você ...

Eu tô carente desse teu abraço,
Desse teu amor que me deixa leve.

Eu tô carente desses olhos negros,
Desse teu sorriso branco feito neve.

Eu tô carente desse olhar que mata,
Dessa boca quente revirando tudo.

Tô com saudade dessa cara linda
Me pedindo "fica só mais um segundo"

Tô feito mato desejando a chuva,
Madrugada fria esperando o sol.

Tô tão carente feito um prisioneiro,
Vivo um pesadelo, beijo sem paixão.

Tô com vontade de enfrentar o mundo,
Ser pra sempre o guia do seu coração.

Sou a metade de um amor que vibra,
Numa poesia em forma de canção:

Sem você, sou caçador sem caça.
Sem você, a solidão me abraça.

Sem você, sou menos que a metade,
Sou incapacidade de viver por mim.

Sem você, eu sem você ...
Paula Fernandes

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Amor ...

“Se você ama, diga que ama. A gente pode sentir que é amado, mas sempre gosta de ouvir e ouvir e ouvir. 

É música de qualidade, entende?

Tão melodiosa, que muitas vezes, mesmo sem conseguir externar, sentimos uma vontade imensa de pedir:

- Diz de novo? 

Dizer não dói, não arranca pedaço, requer poucas palavras e pode caber no intervalo entre uma inspiração e outra…”

Ana Jácomo

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Cativar ...

- Que quer dizer "cativar"? ... disse o príncipe.

- É algo sempre esquecido ... disse a raposa.

- Significa "criar laços"...

- Criar laços?

- Exatamente - disse a raposa ...

- Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. 

- Mas se tu me cativas, teremos necessidade um do outro. Serás para mim, único no mundo. E eu serei para ti, única no mundo. Minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. O teu passo me chamará para fora da toca, como se fosse música. 

- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não tem mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.

- É preciso ser paciente. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal - entendidos. Cada dia te sentarás mais perto ... 

- Se tu vens por exemplo, às quatro da tarde, desde às três, eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!

Antoine de Saint-Exupéry

Você é responsável por aquilo que cativa?

Fala pessoal, belezinha?

Já ouviram ou leram a frase: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas?”

Esta frase é de Antoine de Saint Exupéry, um famoso escritor francês responsável por belíssimas obras, dentre as quais destaco: "O pequeno príncipe", de onde origino meu fragmento de hoje, a partir desta frase exposta no livro.

Pois bem, em várias facetas de nossa vida e especialmente em nossos relacionamentos, esta frase se enquadra perfeitamente.

Eternamente sugere uma conotação existencial não temporária, mas constante. Isso quer dizer que você se torna responsável por aquilo que você conquista, no sentido de cuidar, proteger e dedicar-se.

Afinal, cativar alguém pode acontecer sem a mínima pretensão de nossa parte. Já em outras situações podemos usar essa admiração, carinho ou amor de uma maneira egoísta por não levar em consideração os sentimentos de outros - o que pode ser muito perigoso!

Mas quando temos ciência da existência de tal admiração e agimos com reciprocidade, isto é muito bom. Cativar alguém e ser cativado denota a necessidade um do outro, sermos únicos um para o outro, envolve entrega.

E como dito anteriormente, cativar alguém muitas vezes acontece sem uma intenção. Aos poucos sentimos a necessidade do outro e quando nos damos conta, já nos sentimos mais felizes por nossa nova conquista, seja ela um animalzinho que tanto imploramos para nossos pais, seja a conquista de um amigo leal e verdadeiro, seja um amor para toda a vida.

Mas é sempre bom lembrar que não vivemos dentro de um romance que na maioria das vezes tem sempre um final feliz. Muitas vezes entregamos nosso coração, afeição e sentimentos a pessoas ou coisas que não merecem nossa dedicação. 

Portanto, cautela é a palavra de ordem, pois aquela amizade que julgava verdadeira ou aquele amor que jurava que seria para a vida toda, pode ser um irresponsável com a conquista que obteve, ou seja, você!

Sendo assim, muito cuidado. 

Aja com responsabilidade com você e com os outros. Faça bem suas escolhas, mesmo que estas tomem de você muito tempo, pois algumas delas podem ser para toda uma vida, seja paciente.

Afinal, você se torna responsável eternamente por aquilo que cativa! Assim sendo, como diria nosso saudoso Vinícius de Morais: "Que seja eterno enquanto dure!"

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Amar

Procure me amar quando eu menos merecer, porque é quando eu mais preciso.

Falamos à beça de amor. Apesar das nossas singularidades, temos pelo menos esse desejo em comum: queremos amar e ser amados. Amados, de preferência, com o requinte da incondicionalidade. Na celebração das nossas conquistas e na constatação dos nossos fracassos. No apogeu do nosso vigor e no tempo do nosso abatimento. No momento da nossa alegria e no alvorecer da nossa dor. Na prática das nossas virtudes e no embaraço das nossas falhas. 

Mas não é preciso viver muito para percebermos nos nossos gestos e nos alheios que não é assim que costuma acontecer.

Temos facilidade para amar o outro nos seus tempos de harmonia. Quando realiza. Quando progride. Quando sua vida está organizada e seu coração está contente. Quando não há inabilidade alguma na nossa relação. Quando ele não nos desconcerta. Quando não denuncia a nossa própria limitação. A nossa própria confusão. A nossa própria dor. Fácil amar o outro aparentemente pronto. Aparentemente inteiro. Aparentemente estável. Que quando sofre não faz ruído algum.

Fácil amar aqueles que parecem ter criado ao longo da vida um tipo de máscara, que lhes permite ter a mesma cara quando o time ganha e quando o cachorro morre. Fácil amar quem não demonstra experimentar aqueles sentimentos que parecem politicamente incorretos nos outros, embora costumem ser justificáveis em nós. Fácil amar quando somos ouvidos mais do que nos permitimos ouvir. Fácil amar aqueles que vivem noites terríveis, mas na manhã seguinte se apresentam sem olheiras com a maquiagem perfeita ou a barba atualizada.

É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve o riso é farto e o chope é gelado. Nos cafés, após o cinema, quando se pode filosofar sobre o enredo e as personagens com fluência acompanhados de um bom cappuccino e pão de queijo quentinho. Nos corredores dos shoppings, quando se divide os novos sonhos de consumo, imediato ou futuro. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.

Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. E fala o tempo todo do seu drama com a mesma mágoa. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando até a própria alma parece haver se retirado.

Difícil é amar quando já não encontramos motivos que justifiquem o nosso amor, acostumados que estamos a achar que o amor precisa estar sempre acompanhado de explicação. Difícil amar quando parece existir somente pesar. Quando a dor do outro é tão intensa que a gente não sabe o que fazer para ajudar. Quando a sombra se revela e a noite se apresenta muito longa. Quando o frio é tão medonho que nem os prazeres mais legítimos oferecem algum calor. Quando ele parece ter desistido principalmente dele próprio.

Difícil é amar quando o outro nos inquieta. Quando os seus medos denunciam os nossos e põem em risco o propósito que muitas vezes alimentamos de não demonstrar fragilidade. Quando a exibição das suas dores expõe de alguma forma também as nossas, sejam as conhecidas ou as anônimas. Quando o seu pedido de ajuda - verbalizado ou não - exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, para caminhar ao seu encontro.

Difícil é amar quando o outro repete o filme incontáveis vezes e a gente não aguenta mais a trilha sonora. Quando se enreda nos vícios da forma mais grosseira e caminha pela vida como uma estrela doída que ignora o próprio brilho. Quando se tranca na própria tristeza com o aparente conforto de quem passa um feriadão à beira-mar. Quando sua autoestima chega a um nível tão lastimável que, com sutileza ou não, afasta as pessoas que acreditam nele. Quando parece que nós também estamos incluídos nesse grupo.

Difícil é amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja o tempo em que o outro mais precise se sentir amado. Para entender, basta abrirmos os olhos para dentro e lembrar das fases em que, por mais que quiséssemos, também não conseguíamos nos amar. 

Sábio seria lembrar que a empatia pode ser uma grande aliada do amor.

Ana Jácomo

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Aprendizado ...

Foi caindo, que aprendi a me equilibrar.
Foi apanhando da vida, que aprendi a me defender.
Foi chorando, que aprendi que sorrir é bem melhor.

Foi perdendo, que aprendi que o para sempre, sempre acaba.
Foi me decepcionando, que aprendi a confiar menos nas pessoas.
Foi me iludindo, que aprendi a não acreditar apenas em palavras.

A vida não é injusta.
Ela somente prega peças em você!

Tudo para que você aprenda a viver e também sobreviver.

E Deus conhece bem cada filho teu ...
sabe o quanto somos teimosos a respeito de sentimentos. 
Ele realmente escreve certo por linhas tortas.

Porque infelizmente ... a maioria das pessoas só aprendem quando erram.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Precisa de um milagre? - (Parte 2)

Alguém aí duvida de que Marta e Maria precisavam de um milagre? - Certamente não! Ainda mais na época em que ambas viviam, considerando-se outros pormenores.

Mas, ao ser ressuscitado por Jesus, as preocupações destas duas irmãs esvaíram-se como que instantaneamente. Não posso deixar de comentar também, sobre a possível reação de Lázaro. O que será que ele pensou? Como analisou e digeriu aquilo tudo? Imagino que ouviu perguntas das quais provavelmente nem tinha resposta.

O fato é que após aquela grande pedra ser removida, Lázaro ouviu a voz de Jesus e saiu! Ou seja, ele continuou a sua vida, cuidando de seus afazeres, interagindo com as pessoas e como todo "mortal" continuou a envelhecer até que novamente morreu.

Esse relato - embora lido muitas outras vezes - fervilhou minha cabeça. Sabe por que? Porque muitas vezes precisamos de um milagre! 

Lógico que não falo de um milagre como o que ocorreu com Lázaro, embora fosse maravilhoso atualmente ressuscitar alguém que amamos muito. Falo aqui de coisas aparentemente mais simples - até porque a morte é o ápice de tudo - mas nem por isso desmerecidas as suas razões.

Quantas vezes você sentiu uma tremenda falta de um amigo, filho, irmão ou um amor que precisou mudar de cidade, estado ou país? Com o coração quebradinho você começa a relembrar momentos bons, situações engraçadas e até revive na memória, a última vez que se viram ... é provável que esteja fazendo isso agora!

Quantas vezes desejou não ter dito aquelas palavras irrefletidas para seus pais ou para sua esposa ou marido ... quantas vezes você quebrou a cara e se decepcionou com as pessoas por confiar demais em quem não devia ... quantas vezes teve que mostrar-se forte, feliz e no íntimo seu coração sangrava ... quantas vezes perdeu noites de sono, ou quantas vezes chorou sozinho no banho imaginando que se a outra pessoa usasse um pouco de empatia, jamais faria algo contra você que sempre esteve ali disposto a mover montanhas por ela se fosse possível ... quantas vezes descontou suas frustrações em alimentação desregrada ou na falta dela. 

É ... pois, é! Nestas horas parece que o universo conspira tanto contra a gente que dá vontade de desistir de tudo ... nestas horas começamos a analisar demais a vida e nos por quês de permitimos que as coisas chegassem até onde chegaram ... nestas horas temos a mórbida sensação de que estamos somente respirando e não vivendo.

Some a isso tudo a situação atual da humanidade com seus crimes, suas guerras, narcisismos, hipocrisias, irresponsabilidades e falta de amor. É nestas horas também que provavelmente nos sintamos como Lázaro antes de ser chamado por Jesus ... estamos num lugar escuro demais e aparentemente sem perspectivas. Agora responda novamente a minha pergunta:

Precisa de um milagre?

Embora a resposta seja óbvia, a aplicação dela depende muito de você e de sua atitude diante das situações. Todos os dias, a vida 'nos chama' para fora e nos instiga a ressuscitar nossos sonhos e a acreditar de novo em nós mesmos. O que acontece conosco é que damos aos problemas uma proporção que eles não merecem. 

Pare um minuto agora e fique quieto ... ponha a mão no peito ... sinta as batidas de seu coração. Sabe o que é isso? É vida em constante movimento! Percebeu que independente da situação mais exaustante, inquietante, desgastante, preocupante ou qualquer mais "ante" que exista e você conhece todas ... seu coração não pára? Ele continua o seu trabalho, mesmo que ele esteja doentinho fisicamente ou emocionalmente. Ou seja, a vida não pára.

Sem dúvidas precisamos sim, de um tempo para nos refazer de maus entendidos, nos blindar de amizades ou amores falsos, precisamos de um tempo para nos perdoar e até perdoar outros e aprender de nossos próprios erros ... o tempo é a chave, mesmo que caminhe a passos de tartaruga, o importante a saber é que em algum momento da vida tudo se resolve ou perde a importância que dispensamos lá atrás ... o que não pode acontecer é querer estar antes da hora, (pelo amor de Deus) dentro de um buraco escuro.

O que quero dizer pessoal é que temos o presente mais maravilhoso deste mundo: a vida!

Mesmo que você ouça pouco ou nada, corra ou ande de muletas ou cadeira de roda, mesmo que falte algo em sua vida que julgue importante ... não desista de você! 

Se tem alguém importante neste mundo é você, tem dúvidas? Pegue um espelho e olhe bem para a pessoa que você vê e dê um sorriso para ela ... me diz sinceramente ... ela não vale a pena? Claro que sim, não tenho dúvida!

Sendo assim, está no poder de sua mão e em suas atitudes remover a pedra que bloqueia a luz da sua vida, acredite que pode ressuscitar seus sonhos, sua alegria. Como disse antes, não digo que seja fácil - e digo isso por experiência própria - mas não é impossível. 

Precisa de um milagre? 

Ele está em você ... nas pessoas que ama ... está em cada dia lindo de sol, nas risadas de seus filhos, no balançar do rabo de seu cachorro, ele está numa refeição saborosa que você tanto gosta ... basta procurar mais minuciosamente, geralmente está nas entrelinhas ... você só não pode deixar de acreditar!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Precisa de um milagre? - (Parte 1)

Fala pessoal, belezinha?

Tem alguns dias que tenho pensando na relato bíblico de Lázaro e fico admirado em pensar, no quanto a leitura da Bíblia é preciosa, seja para analisarmos nossa própria vida, escolhas e até diversas situações que passamos.

Bem ... para quem não conhece o relato, segue um pequeno resumo:

Na cidade de Betânia um acontecimento reúne dezenas de pessoas. Lázaro, irmão de Marta e Maria, após dias de sofrimento, morre.

Um mal repentino acometeu o amigo amado de Jesus em um momento em que Este estava a três quilômetros de distância ... na cidade de Jerusalém.

Dias antes, tão logo as irmãs de Lázaro perceberam a gravidade do estado de saúde do irmão, enviam um mensageiro até Jesus. Marta e Maria acreditam que Jesus virá correndo para salvar Lázaro da morte. 

Até consigo imaginar as irmãs dele se revezando nas idas e vindas à porta, olham para o caminho, na esperança de saudarem Jesus e festejarem a cura de Lázaro. Acredito que nem deviam dormir a noite, somente orando para que Jesus chegasse a tempo - o que não aconteceu.

Ficam frustradas ... 

Teria Jesus esquecido? Abandonado os amigos?

A vontade de Marta e Maria é de que Jesus esteja em Betânia, a dos discípulos, de que Jesus não saia de Jerusalém, porque os judeus procuravam matá-lo. 

Eis a questão ... discípulos amedrontados, amigos desolados, e Jesus convicto da direção de Deus. Desse modo, mesmo após receber o aviso da doença de Lázaro, Jesus permanece ainda por dois dias em Jerusalém.

O mais interessante é que mesmo distante, Jesus sente quando Lázaro dá seu último suspiro, quando diz a seus discípulos: "Lázaro, nosso amigo, foi descansar, mas eu viajo para lá para o despertar do sono.” (João 11:11) Mas, embora fossem testemunhas de vários milagres de ressurreição, os discípulos de Jesus não entenderam a declaração de Jesus, sobre o sono de Lázaro: “Então Jesus disse-lhes mais francamente: “Lázaro morreu, e eu me alegro por causa de vós que não estava lá, a fim de que acrediteis. Mas, vamos ter com ele.” (João 11:14, 15)

Chegando em Betânia, Jesus ouve muito lamento e choro ... o que o deixa aflito. E eis que acontece o inevitável: Jesus entregasse ao choro. (João 11:35)

Particularmente sempre imaginei Jesus chorando silenciosamente, quase discretamente ... seu olhar fixo no túmulo de Lázaro, sua face e seus lábios imóveis. Mas não! Jesus chorou alto. Tanto é que todos ouviram a voz de Jesus em seu choro profundo. (versículo 36)

Logo em seguida, Jesus vai ao túmulo de Lázaro, (na verdade uma caverna com uma grande pedra encostada na entrada) Ele pede que a removam e Marta o alerta para o esperado estado de decomposição natural do corpo, pois já se haviam passado 4 dias de sua morte. (v 39) 

Jesus entende os motivos, mas insiste no pedido anterior. Logo após a grande pedra ser removida, Jesus faz uma breve oração a seu Pai e em seguida clama com alta voz: 

- "Lázaro, vem para fora!"

E o mais improvável para a maioria das pessoas naquele momento acontece ... Lázaro, o homem que estava morto todo aquele tempo ... realmente saiu para fora, ainda que parcialmente enfaixado, assim como seu rosto que estava enrolado num pano. Ele estava vivo novamente!

De fato, um milagre que impressionou não somente muitos na época, como muitos outros que leem este relato.

Sem dúvida alguma, a passagem bíblica de João 11 é rica em lições. Tantas que renderiam um livro, mas quero me ater ao fato de Jesus ressuscitar Lázaro e no que isto me estimulou a escrever este e o próximo post.

Aguardem a conclusão ...