segunda-feira, 17 de maio de 2010

Experiência!

Hoje, a caminho do trabalho, agradecendo a Jeová por todas as coisas em minha vida, resolvi agradecer o fato de eu ter um trabalho, atividade que sinceramente dizendo já amei mais. Sempre fui fascinado por números e acabei direcionando meus estudos e objetivos no quesito trabalho, para a área financeira. Hoje tenho um foco diferente e pretendo usar esse conhecimento em benefício próprio.

Enfim, desci do ônibus e me deparei com uma bonita cena: dois velhinhos sentados em um banco de praça. Estavam de mãos dadas. Atravessei a rua, motivado pela pressa de todas as manhãs, e, já do outro lado, olhei para trás.

A imagem ficou ainda melhor ...

O casal acariciava um cachorro, que estava passando por eles. Aquela cena ficou em minha cabeça. Entrei na empresa, fui ao banheiro e me olhei no espelho, quando comecei a me questionar:

-Como será que ficarei quando tiver meus setenta ou oitenta e poucos anos? Será que chegarei lá? Estarei bem?

Você, que lê agora, já chegou a pensar em como deve ser a terceira idade? Ainda mais com tantas pessoas que desrespeitam veementemente os de mais idade? O fato é que eu estava ali me observando e pensando. Tentei imaginar os problemas pelos quais aquele casal já havia passado a vida inteira, com suas alegrias, tristezas, vitórias e derrotas. E você deve concordar que, juntos ou separados - não importa - todos nós temos pequenas ou grandes infelicidades.


Mas, será que é preciso viver tanto tempo para começar a expressar doçura numa manhã de segunda-feira?

Por que é que é tão raro ver um casal de adolescentes sentados em um banco de praça, olhando o horizonte, de mãos dadas? Minha conclusão óbvia é que o tempo nos ensina mais do que ninguém... Afinal, o que são os nossos problemas? São chaves motivacionais e é preciso ter tato para perceber isso.

Eu, sempre tão analítico, gosto muito de observar os idosos, afinal vivi um bom tempo com uma pessoa muito especial: minha avó. E, para mim, salvo mínimas exceções, são as pessoas mais bonitas do mundo. Porque elas, geralmente, passam pela dureza da vida e com o tempo e tanto aprendizado, voltam a olhar o mundo com o mesmo olhar de uma criança. Não é incrível?

Isso me fez pensar que em todos os momentos, existem problemas e problemas, mas há também a esperança de melhora, sempre.
E há, mais do que tudo na vida, pessoas que apesar de tudo o que já viveram, ainda tem a capacidade de amar e respeitar o próximo e é esse tipo de pessoa que eu quero ser.

Não sei como será minha velhice nem sei se chegarei a viver tanto. Mas vivo intensamente e acho que o que todo mundo precisa é de um banco numa praça, uma boa companhia, e uma manhã bonita, ainda que nublada. E a idade não importa, ela é só um detalhe! O legal nisso tudo é poder voltar a ver o mundo com olhos de uma criança a qualquer momento...

Hoje eu desejo a você, que lê este blog, um excelente dia, cheio de tarefas, com algumas preocupações e, com certeza, com muita coisa boa. Nossa tendência é ver primeiro os problemas, não é?

Mude o foco de sua vida de vez em quando, isso fará um bem danado.