Poderia passar o resto da vida, esparramado na autopiedade. Lustrando as lembranças difíceis com zelo de quem guarda relíquias. Fazendo contas para medir o amor que ofereci e o amor recebido. Atualizando todo dia a estatística das perdas e insucessos vividos.
Mas na clareza que liberta, ao me lembrar ser capaz de fazer escolhas pela própria vida, escolhi sair desta situação.
Isso é bom, porque é maravilhoso quando conseguimos soltar um pouco o nosso medo e passamos a desfrutar a preciosa oportunidade de viver com o coração aberto, capaz de sentir a textura de cada experiência, no tempo de cada uma.
Ana Jácomo
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