quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O Amor e a Liberdade

O amor é tão leve, que não suporta o peso dos nossos desejos; e tão livre, que sucumbe sob as correntes que lhe tentamos impor.

E, entretanto, é a força maior em nós.

Do amor, nascem os nossos sorrisos mais felizes; e da tentativa de escravizá-lo à nossa vontade, brotam as lágrimas mais sentidas.

O amor é, para a alma, como o ar é para o corpo.

E, se é certo que dele necessitamos para viver, é igualmente certo que não o podemos reter em nossos pulmões.

O amor é como as nuvens, que flutuam pelo ar, livres de nosso controle. E, entretanto, ornamentam o céu e fazem nascer a chuva, que fertiliza os campos.

Ou como as estrelas e a lua, que não estão presas ao firmamento e, brilhando em liberdade, fazem a beleza da noite.

O amor não absorve, completa.

Eis que nosso bom Deus nos permitiu o livre-arbítrio, para que cada um de nós pudesse decidir de modo responsável o seu próprio caminho. E talvez seja esta a expressão maior do Seu amor.

É necessário que cada um ande o seu próprio caminho, para que o amor possa guiar os seus passos. Pois aquele que por outro é guiado, não pode falar de amor; mas de submissão.

Como aquele que busca impor a sua vontade, não procede em nome do amor; mas das suas próprias carências.

Eis que a plenitude não pode brotar senão de si própria. E como poderemos conhecer a plenitude do amor, se cada um de nós não estiver pleno em si mesmo?

Guardai-vos, portanto, da tentação de escolher o caminho da pessoa a quem acreditais amar.
Pois é quando os seus próprios passos a levam até você, que juntos podeis caminhar...

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