É, parece que eu mudei mesmo!
Hoje eu vejo o que antes não enxergava. Coisas que antes eu batia o pé e dizia não, hoje eu aceito sem protelar, até mesmo porque redefini minhas prioridades e substitui um sonho específico - talvez o mais importante - cultivado e batalhado por mais de uma década e meia em minha vida.
Com o tempo descobri que este sonho ainda não realizado em todos os seus pormenores, já não tem mais tanta importância, talvez por tomar consciência que ele deixou de corresponder ao que precisava em minha vida e como consequência outros novos sonhos passaram a ter destaque em minhas prioridades.
Penso que ter que abandonar alguns sonhos às vezes é necessário, para podermos continuar tocando a vida de um modo mais tranquilo e suave. Pois ficar tentando atingir um sonho sucessivamente pode doer mais do que desistir.
Muitas vezes acabamos por passar anos de nossas vidas dando murros constantes em pontas de faca, perdendo tempo precioso curando feridas nesta busca, que acabamos perdendo o foco e a beleza das outras coisas.
Pode parecer a princípio uma atitude pessimista ou conformista, mas na verdade não é, se pensarmos que precisamos preservar a nós mesmos, como também nosso amor próprio que com o passar dos anos e do tempo, tende a desgastar-se.
Estou diferente sim ... em um lento, mas constante processo de transformação. E na verdade, ainda não sei aonde essa transformação vai me levar.
Mas de uma coisa eu tenho certeza: quero continuar sendo decidido, centrado e correto em palavras e ações, mesmo deixando para trás um sonho antigo.
Quero voltar àquele lugar que um dia eu perdi de vista e voltar a traçar novos objetivos e vivenciá-los!
2 comentários:
Pois é amigo! Há momentos que para irmos para frente, precisamos reavaliar certas coisas para medirmos ou pesarmos o quanto ela nos fará bem ou não. Acredito que estás certo baseado nos fatores envolvidos que bem sabemos. Chega uma hora que temos que respirar um pouco antes de continuar subindo a montanha. O fato de parar no caminho para pegarmos mais vigor não nos torna incapacitados, porque ainda continuamos a caminhar sem parar e determinados. Parabéns pelo texto! Como sempre, bem explicado e bem elaborado. Invejo sua maneira conversante e atraente que se desenrola a cada leitura. Um forte abraço ! :o)
Andrews pelos teus últimos textos tenho percebido que tens passados por imenso questionamentos e decisões difíceis. Parabéns pelo texto franco, limpo, sincero.
Concordo com a colocação do Agacy, de que o fato de pararmos pelo caminho para adquirirmos mais energia, não nos torna incapacitados. Em algum momento podemos retomar a caminhada.
Tenho aprendido com o tempo que se não tivermos um olhar atento e generoso para os nossos sentimentos, podemos passar uma jornada inteira sem entrar em contato com o que realmente nos importa. Que aquilo que, de fato, nos importa, pode não importar a mais ninguém e isso não tem importância alguma. Que enquanto não nos conhecermos pelo menos um pouquinho, rabiscaremos cadernos e cadernos sem escrever coisa alguma que tenha significado para nós.
Fique bem querido amigo.
Com carinho,
Sílvia
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