domingo, 15 de março de 2015

Histórias Que a Vida Conta ...

Você pode até pensar que é o fim do mundo, mas não é. Você acha que a sua dor é a pior de todas as dores já existentes, mas está enganado.

Fácil é sofrer, passar dias trancado no quarto, chorar até que a última gota do seu corpo se esgote. 

Difícil é superar! E mais difícil ainda é se convencer de que superou. 

Fácil é acabar com a vida pra acabar com a dor, difícil mesmo é levantar todos os dias com um buraco no peito e colocar a roupa de existir.

Dizer que está bem é fácil, complicado é estar. Escutar aquela música, sentir aquele cheiro e visitar aquele lugar parecem ser coisas que ardem o fundo da alma, porque as lembranças doem como álcool em ferida aberta.

Mas a verdade é que não sentir mais nada dói bem mais.

O fim de um sentimento é mais triste do que o seu fim propriamente dito. É mais difícil enterrar histórias, momentos e sorrisos à enterrar-se. Enquanto ainda há uma faísca em meio ao fogo apagado, de certa forma também ainda há importância.

Sofrer por se importar é natural, estranho é sofrer por não fazer mais diferença alguma.

Continuar dentro de uma bolha de solidão e sofrimento é escolha sua, assim como lutar pra sair dela também. 

Fácil é olhar a vida passando e ficar estático no mesmo lugar, amargurado, desiludido, cabisbaixo. Difícil é assumir que está no fundo do poço e, sim, precisa de ajuda. 

Difícil é estufar o peito e não se deixar abalar por nada. Fácil é chorar pela cicatriz adquirida, difícil é aceitá-la como uma tatuagem interna que faz parte de você.

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