quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Ansiosa espera

Era um dia especial!
Amanheceu, entardeceu, anoiteceu ... passou.
E sua mensagem não chegou.

E as promessas? 
Não veio no dia esperado
E nem depois.

Promessas quebradas, quando reconstruídas, 
são como “quebra-cabeças” ...
ficam com aparência de remendos frágeis.

Sonhos desfeitos não renascem das desilusões.

É preciso criar novos sonhos
É preciso esquecer o que passou,
É preciso começar de novo!

Mas, eis a pergunta:

Vai valer a pena? ... Não sei!
Mas se não tentar jamais saberei.

O ontem virou passado,
O hoje está em minhas decisões.
Mas, como será o amanhã? 

Só o tempo me dará as respostas”.

Que bom que não sou o melhor de todos
Porque ainda me resta um caminho a percorrer,
para procurar melhorar.

Que bom que não tenho tudo ... 
só assim me animo a lutar pelo que me falta!

É realmente bom que eu não saiba tudo.
Se soubesse não teria o que aprender.

Que bom que tenho defeitos.
Se não os tivesse viveria só.

Que bom que não sou o mais forte do mundo.
Porque se fosse, eu não compreenderia a solidariedade e a ajuda.
Porque tentaria fazer tudo sozinho.

Que bom que não estou sozinho.
Pois, se Deus não existisse,
Eu não perceberia o quanto preciso corrigir-me.

domingo, 19 de agosto de 2012

365 dias

Ainda vou aonde a gente ia
Pensando em te ver de novo
Minha esperança ainda fantasia, nosso reencontro!

Desenhei teu rosto no teto do meu quarto
Pra dormir sempre te olhando
E ao fechar os olhos me vejo te amando
Por isso que eu acordo sempre chorando

Hoje faz trezentos e sessenta e cinco dias
Faz um ano que você se foi
Refazendo um resumo da minha vida
Vejo que tudo que construí não me valeu a pena
Porque tudo que eu fiz foi pensando em nós dois

Ainda sei de cór seu telefone
Sei decifrar os seus quinze sorrisos
Conheço a palmo todo o seu corpo
Que era o meu paraíso

Comprei o mesmo perfume que o seu
Passei na roupa que você deixou ...

E durmo abraçado, inconformado.
Me perguntando ... aonde foi que a gente errou.

Hoje faz trezentos e sessenta e cinco dias
Faz um ano que você se foi
Refazendo um resumo da minha vida
Vejo que tudo que construí não me valeu a pena
Porque tudo que eu fiz foi pensando em nós dois.

Leonardo Bar

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Aceitação ...

Aceitação!

Essa palavra é poderosa, porém muitas vezes se perde por ser confundida com outras palavras que ganharam significados pejorativos. 

No campo das emoções, a aceitação muitas vezes se confunde com resignação, passividade, sucumbir, desistir, ter "sangue de barata", "engolir sapo", "fingir-se de morto", e por aí vai.

Mas sabe que nem a resignação eu vejo num sentido assim tão negativo?

Sempre costumo pensar em resignação como "ressignificar", dar outro tom, perceber as coisas por outro ângulo. Acho que ela se aproxima do que a aceitação positiva pode proporcionar.


Se algo me desagradou no passado, aceitar que "o que foi já foi" é a única alternativa para viver o presente e transformar o que for possível aqui e agora. Se percebo alguma dificuldade em mim, fingir que ela não existe ou fazer birra não vai adiantar nada. Aceitar a realidade é o primeiro passo para se fazer algo a respeito.

Comparar-se ao outro é sempre injusto. Na auto comparação sim, posso perceber meu crescimento, ver como eu era antes e como estou hoje, me propor metas a partir do que sou e de onde estou. 

Primeiro passo: aceitar-se! 

Aceitar a minha humanidade, aceitar a humanidade do outro. Essa é uma base importante para os bons relacionamentos.

Partindo para a ação!

Se alguém que amo está seguindo por um caminho com o qual não concordo, posso tentar ajudar, alertar, compartilhar minha opinião. Mas sempre chegará um ponto em que eu simplesmente precisarei aceitar que a vida é do outro e que ele faz suas escolhas. A questão é: qual escolha eu farei a partir disso?

Algumas pessoas costumam dizer: "Eu não queria que as coisas fossem como são". E aí? O que vai fazer? As coisas são como são ou estão como estão! Se aceito esse ponto de partida, posso me perguntar o que gostaria de transformar e, então, mudar o foco para a ação.

Você percebe que tentando afastar-se da aceitação, por achar que esse caminho seria o da covardia, acaba reforçando em seus atos todos os pontos pejorativos que tentava evitar? 

Se não aceitar, partirá para condutas que o fazem estagnar, dar voltas, repetir-se, e afundar-se ainda mais.

A aceitação é produtiva, porque nos lança para a realidade. Aí podemos plantar e colher novos frutos e empreender as transformações necessárias para que nossos potenciais se manifestem amplamente na vida.

JULIANA GARCIA