quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Fériaaaaaaas ...

Olá a todos que acompanham meu blog. Agradeço sempre a visitinha de vocês, o que me impulsiona a continuar escrevendo, visto ser algo que gosto demais. Trabalhei até dia 11, já estou de pernas pro ar em casa, ainda sem saber se irei viajar devido a loucura que foi meu ano.

Mas estou feliz e cheio de planos para o próximo ano que se avizinha, sei que você também. No mais, se tem um tempo para você agora, aproveite, curta, descanse, viaje. Enfim ... viva!

Espero você novamente comigo em 2010. Volto dia 04 de Janeiro.
Grande Abraço do Andrews.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

"Eu sei, mas não devia ..."

EU SEI QUE A GENTE SE ACOSTUMA.
MAS NÃO DEVIA!
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo à luz. E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá pra almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos. E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: Hoje não posso ir! A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer filas para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E, a saber, que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes. A abrir as revistas e a ver anúncios. A ligar a televisão e a ver comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. As salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. A luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. A contaminação da água do mar. A lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Marina Colasanti

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Tempo, tempo. Mano Velho!

É ... Quinta-Feira! Estamos em Dezembro. Já? Percebeu como continuamos tendo o mesmo tempo a vida toda (24 horas, contadinhas!) e aliado a isso, temos uma rotina diária relativamente mais fácil do que na época dos nossos avós ou bisavós, com tantas tecnologias e informações tão rápidas e velozes?

Mas é fato também que apesar de tudo isso que deveria nos ajudar, não sente que falta tempo de qualidade para coisas mais importantes? Até mesmo tempo para fazer suas coisas pessoais? A impressão que tenho é que adquirimos mais tempo com essas “facilidades modernas”, mas conseqüentemente usamos este tempo fazendo mais coisas cotidianas e acaba não sobrando o tempo que desejávamos para cuidar de nós mesmos. Por isso também que temos a sensação de que não nos sobra tempo para nada, que horas, dias, semanas e meses passam tão rapidamente.

Deve ser por isso que chega um momento na vida de muitas pessoas em que elas praticamente enlouquecem e perdem o sentido da vida que elas achavam ter autonomia plena. Daí, o medo e a ansiedade que vivemos diariamente, principalmente nas grandes metrópoles, nos fazem adquirir sentimentos e sensações nunca antes provadas e doenças como depressão e síndrome do pânico tornam-se extremamente comuns.

É preciso saber administrar o tempo a nosso favor e em nosso benefício. Nunca esquecer quem somos, onde queremos chegar e com quem. É, mais um ano está acabando e na velocidade da luz. Cuide de você e de quem você ama, caso contrário, logo será Junho, Dezembro novamente e logo é 2011 e você não aproveitou os pequenos, mas preciosos momentos de sua existência. Loucura não é mesmo? – Bem- vindos à tão necessária e assustadora modernidade!