quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Timidez

Quem me conhece hoje jamais imaginaria como eu já fui antes. Atualmente sou conhecido como alguém que gosta de estar rodeado de pessoas o tempo todo, e a hospitalidade é uma de minhas virtudes. Mas nem sempre foi assim. Houve um período grande de minha vida em que fui tímido demais, uma timidez que muitas vezes me atrapalhava de maneiras absurdas. Já deixei de pegar um ônibus só porque vi um conhecido lá dentro e cheguei atrasado num compromisso importante, já me escondi atrás de árvore só para não falar com uma pessoa e também era conhecido como o “estranho” no colégio onde fiz o primário, pois ficava no meu canto, ou seja, entrava mudo e saía calado, tinha pavor de chamada oral e horror maior do horário de intervalo, que só em lembrar-me causa grande angústia.

É por isso que hoje eu tenho o máximo cuidado com a educação de minhas filhas e com o modo como as trato, pois receio cometer erros que me bloquearam num período que deveria ser mais prazeroso para mim. Como sabem, até os dez anos morei com Dona Tuta, o que era algo muito bom, pois cresci cercado de amor e cuidados quase que exclusivos. Depois desse período já vivendo com minha mãe e padrasto, conheci uma realidade cruel envolvendo violência familiar regada a muito alcoolismo e sofrimento. Tivemos (eu e meus irmãos), que nos calar muitas vezes ao vermos nossa mãe ser espancada por dias ou semanas ininterruptas. O resultado?

Entrei num baú e me fechei lá. Qualquer contato com o mundo externo era nulo. Andava sempre olhando o chão quando saía de casa e não encarava as pessoas por mais de um segundo. Vivia em constante depressão e por algumas vezes pensei acabar com minha vida, mas tinha mais medo do que coragem, ainda bem. Hehe!

A solução.

Permitir-me aprender sobre Jeová e seus propósitos. Em sua organização aos poucos fui me soltando, me conhecendo melhor e passei a ter esperança de coisas melhores, ou seja, passei a ter objetivos e estabelecer alvos. Pude contar com o apoio de minha amada avó na época, como também de minha mãe que também se permitiu aceitar o convite de experimentar a Jeová, conforme salientado em Malaquias 3:10. De fato as bênçãos foram muitas, passei a ser gradativamente mais comunicativo e me libertei das minhas esquisitices exageradas. Mas até hoje me lembro em momentos de tristeza ou angústia de uma música de um filme que assisti quando criança e que de certo modo me fortalecia nos momentos complicados de minha infância e pré-adolescência. Intitula-se: "My Favorite Things"


Gota de chuva, bigode de gato
Laço de fita, cordão de sapato
Flor na janela e botão no capim

Coisas que eu amo e são tudo pra mim

Doce na mesa e sol na cozinha
Bico de pato, chapéu de palhinha
Banda passando e soando o clarim

Coisas que eu amo e são tudo pra mim

Lona de circo, tapete de grama
Bola de neve e botão de pijama
Doces invernos chegando no fim

Coisas que eu amo e são tudo pra mim

Se a tristeza
Se a saudade
De repente vêm
Eu lembro das coisas que eu amo e então ...
De novo eu me sinto bem!


É “batata”, ouvir e me sentir bem. Lembrar-me de pessoas, coisas ou momentos felizes me impulsiona a perseverar e a continuar ativo e servindo à nosso maravilhoso Criador: Jeová.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Relações Humanas

Uma taça de cristal não pode ser submetida a impactos, senão ela se parte em mil pedacinhos e não há cola, nem liga que a faça igual de novo. É como prédio demolido, não dá pra reconstruir com os escombros.

Assim também são algumas relações humanas. Por isso que é tão importante medir gestos e palavras quando estamos lidando com pessoas. Pessoas têm carências, angústias, pensamentos, sentimentos e sensibilidade.

Não dá prá subir o tom da voz e achar que tudo vai ficar bem. Nem usar de ironia ou ser impaciente. Ignorar ou agir com indiferença é ainda pior. As relações humanas precisam ser regadas com amor, flexibilidade, atenção, paciência, enfim, cuidado.

A verdade deve ser dita, mas o modo como ela é dita também é importante. E que não seja jamais de maneira ríspida ou cruel.

Pense nisso quando uma pessoa estiver na sua frente, confusa ou até um pouco brava precisando de atenção, de uma resposta, de uma palavra amiga. Lembre-se que nesta situação você é sempre a mão que pode impedir a queda do cristal.

Pare para pensar."Todos vivemos sob o mesmo céu, mas ninguém tem o mesmo horizonte!"
(Konrad Adenauer)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ops ... É Quarta-Feira!

Toda Quarta uma nova postagem. (kkk) Eu me proponho a cada uma e não cumpro. Mas de hoje não passa. Quero agradecer novamente as visitas, gostaria de mais comentários, mas enfim, acredito que estão gostando do blog. Sempre acompanho os números e no período de 09/08/2009 à 09/09/2009, ou seja, hoje este blog foi visitado 250 vezes. Valeu mesmo pessoal.

As coisas estão correndo bem. Estou no meu cantinho e está muito bom. Minha esposa está pensando em voltar a trabalhar, isso me preocupa, pois não sabemos como faremos com as meninas, mas nem quero pensar nisso agora, afinal sofro por antecipação e vocês sabem. hehe

Ah, o Deca e a Rose foram muito bem recepcionados em sua "nova-velha" congregação, (rs) digo isso porque eles já foram de lá e não podia revelar antes. Meu desejo é que eles sejam felizes e se adaptem bem. O Arthur e a Cê faz teeeempo que não os vejo face a face, mas continuam sendo figurinhas especiais do meu álbum de amigos, agora soteropolitanos. Meu maninho "Mel Gibson" e sua costelinha estão super bem também o que me deixa super feliz. Hoje mandei um e-mail para minha cunhada Cris, faz tempão que não nos vemos e sempre fomos amigos, mesmo antes dela e meu irmão se apaixonarem. Foi bom saber que estão bem e progredindo na verdade.

Termino esta postagem com as palavras de Carlos Drummond de Andrade, parte do e-mail recebido esta manhã por minha cunhada, intitulado:

"VIVER"

Eu já perdoei erros imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis e
esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
"quebrei a cara" muitas vezes!

Já chorei ouvindo musica e vendo fotos,
já liguei só pra escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)!

Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida...
e você também não deveria passar!

Viva !!! Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida e viver com paixão,
perder com classe e vencer com ousadia,
por que o mundo pertence a quem se atreve
e a vida e MUITO para ser insignificante.

VIVER!